terça-feira, 12 de abril de 2011

Pastor também se enfraquece.



Irmãos, irmãs e amigos, graça e paz vos sejam multiplicadas. O pastor é uma figura entregue a toda sorte de interpretação e sujeita a todo comentário que apeteça o apetite voraz de quem gosta de tentar denegrir a imagem de quem vive, trabalha, e se porta com decência e dignidade. É verdade que, especialmente hoje, receber o título de pastor, é a coisa mais fácil do mundo. Basta ter um dinheirinho, consegue ser chamado de pastor para satisfação do egoísmo e a vaidade pessoal de muita gente que de pastor não tem nada, Tudo o que satisfaz a esta gente é o título, e basta. Mas não falo desta classe detestável e desprezível no reino de Deus, falo de alguém chamado pela vontade soberana de Deus, que tendo o título ou não, está inteiramente entregue e disponível para servir ao Rei e ao reino. Não falo aqui dos que penduram uma gravata no pescoço e colocam um paletó nas costas e recebem o elogio enganoso que um título sem valor lhe confere a satisfação do seu ego. Falo daquele que é pastor por vocação, por zelo, por exercer o sacerdócio do prazer de servir e conduzir o rebanho de Deus. Falo dos que se afadigam no exercício de ministrar a verdadeira palavra do Senhor, dos que sofrem com o rebanho, dos que vivem afastados do egoísmo que o título tenta impor sobre os verdadeiros homens de Deus, falo de legitimidade, humildade, compromisso, zelo, dedicação e disposição para servir a obra. Mas o pastor as vezes é confundido também com um rei, um herói, intocável, que nunca perde, que deve receber só elogios, que nunca deve ser contrariado, e o pior é que para desgraça de muitos,eles acreditam em tudo isso. Minha gente, pastor é um homem vocacionado por Deus, que difere dos demais somente quanto a vocação, e mesmo assim, está sujeito a fraquezas, a enganos, a equívocos, a tropeços a dificuldades inerentes à sua humanidade. O pastor também enfraquece. O apóstolo Paulo, o expoente máximo da doutrina cristã, reconhece com facilidade esta situação quando termina de comentar as mais diversas situações por ele enumeradas como: “São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos;Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas II Corítios 11:23-28”Em seguida afirma: “Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? II Coríntios 11:29” Mesmo fazendo um grande trabalho para glória de Deus, o pastor está sujeito a fraquezas, e deve esta condição reconhecer. Irmãos, irmãs e amigos, graça e paz vos sejam multiplicadas.

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