segunda-feira, 11 de abril de 2011

Os "brasileirinhos" abortados no Realengo




Ainda comovido pela ressaca da chacina de (7/4/2011) no bairro do Realengo (RJ) – quando pelo menos 12 crianças foram assassinadas friamente por um atirador de 23 anos de idade – não me saiu da mente o testemunho da aluna Jade Ramos (12), escapada da tragédia:
Ele ia atirando no pé das crianças pra não subirem, ia mandando as crianças virarem pra parede que ele ia atirar nelas. Aí as crianças falavam "não atira em mim, não atira em mim, por favor, por favor moço". Aí ele ia lá e atirava na cabeça das crianças.
Tudo isso é muito triste e muito grave. A sensação de impotência adoece a nossa alma. Mas longe das luzes midiáticas e da comoção do momento há coisa muito pior acontecendo diariamente pelo Brasil a fora.

Crianças ainda mais indefesas e incapazes sequer de suplicarem por suas vidas – "não atira em mim, não atira em mim, por favor, por favor moço" – são levadas ao matadouro pelos próprios pais e assassinadas silenciosamente pelos profissionais do aborto que, não com um mero revólver carregado até a boca, mas com mãos assépticas e técnicas cirúrgicas precisas (sucção, dilatação e evacuação, dilação e curetagem, injeção de líquido amniótico com soluções cáusticas, histerotomia), tiram-lhes impiedosamente a vida.

Se o aborto provocado não é crime, por que então ficar comovidos e emocionados com o frio assassinato desses outros "brasileirinhos"?
Pense nisso, pois nenhum desses assassinos – o atirador do Realengo ou os usuários do aborto – ficará impune aos olhos daquele que disse "Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus" (Mateus 19.14).

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